Como funciona uma impressora 3D?
As impressoras 3D despertam a curiosidade em muitos interessados pelas novidades tecnológicas. O equipamento configura um ganho interessante para o mundo moderno, pois não só proporciona o desenvolvimento de novas tecnologias, mas também contribui para a construção de uma nova relação entre o ser humano e aquilo que ele produz ou consome.
Por isso, nós listamos aqui as principais dúvidas sobre essa impressora; afinal, ela é bem diferente daquela que você usa na sua casa. Confira!
O que é uma impressão tridimensional?
De uma maneira bem simples, o processo de impressão 3D consiste na adição de diversas camadas, uma sobreposta à outra. Esse processo recebe o nome de fabricação aditiva e permite a criação de objetos físicos com grande precisão, sempre usando como referência um modelo digital, previamente desenhado em softwares específicos para esse tipo de projeção gráfica.
Quem inventou a impressora 3D?
A impressora 3D não é uma tecnologia tão recente como muitos imaginam. A máquina foi desenvolvida durante a década de 1980, com o objetivo de atender às necessidades de gerar protótipos de maneira rápida.
Inicialmente, a técnica chamada de Rapid Prototyping foi utilizada pelo advogado japonês Hideo Kodama, com a função de construir protótipos de novos produtos. No entanto, o pesquisador teve problemas com a patente, que não foi emitida a tempo.
Pouco depois, o californiano Charles Chuck Hull patenteou a estereolitografia, uma das técnicas de impressão tridimensional, e por isso é considerado o pai da invenção. Charles já havia desenvolvido, anos antes, a base para a tecnologia. Na época, uma das principais funções do equipamento era a criação de lâmpadas para solidificar resinas.
Como esse tipo de impressão funciona?
Atualmente, existem diversos tipos de impressão que utilizam a técnica tridimensional. Cada um emprega diferentes métodos e, consequentemente, variadas matérias-primas. Confira três dos mais conhecidos:
Fused Deposition Modeling (FDM)
Esse modelo, chamado de Modelagem por Fusão de Depósito, em tradução livre, é o mais comum no mercado atual e possui um sistema de funcionamento extremamente simples.
Primeiro, o objeto deve ser desenhado em softwares de edição capazes de projetar em três dimensões. Na sequência, ele é enviado para o programa da própria impressora, responsável por definir a qualidade da imagem e as diversas espessuras da estrutura. Por fim, o objeto é “fatiado” digitalmente em diversas camadas e enviado para impressão.
Nessa máquina, são utilizados pequenos filamentos de plástico. O material é derretido e moldado por um pequeno injetor que se move vertical e horizontalmente. A cada nova camada, a base da impressora sobe um pouquinho e começa a projetar uma nova camada. O processo é contínuo até a finalização do objeto.
Selective Laser Sintering (SLS)
O modelo SLS - Sinterização Seletiva a Laser, em tradução livre - engloba um processo diferente para a impressão. Nesse equipamento, o objeto também deve ser previamente projetado em um software para o desenvolvimento de peças 3D, e depois, ao ser enviado para a impressora, é digitalmente fatiado em uma série de pequenas camadas.
A diferença desse processo de impressão está, essencialmente, no material utilizado e na maneira como ele se comporta. Para o SLS, a base da impressora é preenchida de maneira uniforme com um pó bem fino. Logo, um raio laser extremamente potente é projetado e causa a fusão do material, originando cada camada.
O processo segue até a completa formação do objeto. O benefício desse tipo de impressão é que ela possibilita o uso de diversos tipos de materiais, como pós de polímeros plásticos ou metálicos - e seu excesso pode ser reutilizado. Além disso, a máquina proporciona a realização de projetos mais complexos, até mesmo com partes móveis.
Stereolithography (SLA)
A impressão em SLA - chamada de Estereolitografia, em tradução livre - também envolve a projeção de um objeto em programas próprios para a realidade tridimensional. O modelo do objeto é então fatiado virtualmente pela máquina e o processo de impressão é iniciado.
Nesse equipamento, uma base é preenchida com um líquido plástico, à base de resinas. Na sequência, um laser é projetado, fundindo o material nas áreas em que o atinge. A cada nova camada projetada, a base da máquina sobe um pouquinho, e o processo ocorre novamente, originando mais uma camada.
Depois de pronto, o objeto tem o excesso de líquido retirado e é levado a uma estufa com iluminação ultravioleta, fechando o processo de cura do material plástico. Esse tipo de impressão é extremamente eficiente para a fabricação de objetos mais complexos, no entanto, o preço da máquina e o alto valor do material necessário para a impressão tornam o processo inacessível.
Quais materiais podem ser utilizados?
Os diversos métodos de impressão tridimensional proporcionam também uma variada gama de matérias-primas a serem utilizadas. O mais importante é adequar o material às necessidades do objeto que está sendo projetado.
Os principais materiais utilizados são: bases plásticas (polímeros, abs e acrílico), metais (aço, titânio, ouro e prata), compostos de cerâmica, papel, açúcar, borracha, areia e até mesmo tecidos humanos.
Mas afinal, o que podemos imprimir em 3D?
A verdade é que essa pergunta ainda não pode ser respondida de uma maneira definitiva, uma vez que as tecnologias e os processos envolvidos na fabricação de objetos tridimensionais estão em constante evolução.
Atualmente alguns setores já começam a ser diretamente beneficiados pelas impressoras 3D. No caso da medicina, por exemplo, alguns pesquisadores já desenvolveram vasos sanguíneos e até mesmo órgãos totalmente funcionais com o auxílio desse tipo de tecnologia. Outra proposta é o uso do equipamento para a impressão de próteses ou exoesqueletos para quem possui deficiência motora.
Colocar em prática alguns usos da impressora 3D pode demorar mais alguns anos, mas o equipamento já demonstra o seu potencial de mudança através das diversas potencialidades que oferece. Quais serão os limites da criatividade humana para essa nova oportunidade de reimaginar tantos objetos?
Se você gostou desse conteúdo, temos mais alguns posts que também podem ser interessantes:
Drones: como eles podem ser úteis no futuro?
5 jovens que mudaram o mundo da tecnologia
Tecnologia é na People!
Quer ingressar na área de tecnologia? Seja um aluno People! Conheça nossos cursos e esteja à frente das inovações no futuro!